quinta-feira, 7 de maio de 2020

Tempos de Pandemia e Pandemônio


       

       
        Com tanta informação e meios de comunicação, estamos vivendo um período de desinformação, quando acabamos por ficar alienados em face da diversidade de conteúdos. Propaga-se boas ou más notícias de acordo com o interesse dos que dominam os meios de comunicação. 
    Apesar da evolução tecnológica, o interesse pelo uso desses meios, como forma de atingir objetivos particulares, é secular. Criamos convicções fervorosas decorrentes dos “conhecimentos” que adquirimos por esses meios de comunicação. Mas, muitas vezes, não precisamos de metodologia científica para ver uma convicção ruir, basta um fato que a contradiga. Será que temos que recorrer  à Kant* para tentar entender determinadas dicotomias da vida contemporânea? Penso que, neste momento, o que mais precisamos é recorrer ao amor e à compreensão da essência humana.

 elaborou a filosofia criticista e possuía um idealismo transcendental — teoria crítica da razão que sintetiza o empirismo e o racionalismo.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Corrupção e Impunidade - O resgate de uma Nação - Oportunidade Histórica

Oportunidade Histórica

Em 1500, quando o nosso país começou a ser colonizado, as pessoas que vinham para cá tinham como principal propósito a exploração.

Gostamos de comparar o nosso Brasil a outros países com o desejo que tivéssemos a mesma situação econômica e/ou social que eles. Infelizmente, isso é algo muito difícil e não se consegue, apenas, com leis, textos, normas ou publicidade. A razão da grande diferença entre nós e outras nações é cultural e vem desde o nosso Descobrimento.

Muitas vezes, temos a impressão (ou a certeza) de que continuam querendo explorar o Brasil e  o seu povo, da mesma forma que era feito no período colonial. Naquela época, não havia as mesmas leis que hoje, e os valores e a sociedade eram diferentes. Houve uma grande evolução nesses mais de 500 anos e para melhor. Embora lenta, essa evolução tem sido contínua.

O que tenho observado em sociedades que se encontram melhor organizadas que a nossa é que três palavras, que são colocadas em prática, fazem a diferença: direitos, deveres e respeito. Entendo que as pessoas devam ter direitos constituídos em leis, bem como deveres, e esses, se respeitados e cumpridos, permitirão uma vida mais justa e igualitária para todos.

O exemplo vem de cima, assim, é imprescindível o respeito por parte dos Três Poderes, do Estado brasileiro, aos seus cidadãos, que são eleitores e pagadores de impostos. Que seja verídico  o dito de que “o meu direito vai, somente, até onde começa o seu”. Isso é a diferença entre uma sociedade, onde impera o respeito às leis e às normas e aos seus valores, e uma sociedade que, muitas vezes, dizemos que não possui leis. A questão não é só a  legislação, mas o respeito a ela e o respeito às pessoas. Para isso, é imprescindível que os cidadãos não esqueçam os seus deveres, onde quer que estejam previstos. O cumprimento dos deveres por parte  das pessoas que formam uma sociedade é a base da sua organização, para que haja harmonia, justiça e evolução.

Vivemos um momento histórico quando foi desmascarado o maior esquema de corrupção que se teve conhecimento neste país. Não se pode perder a oportunidade de mostrar ao povo brasileiro que se pode ser, em diversos aspectos, a nação que se quer. O Brasil, muitas vezes, esteve próximo de ser um país proeminente no cenário mundial, mas quando está a um passo de entrar em um grupo mais seleto de países, falha, geralmente baseado em algum escândalo ou acontecimento negativo de repercussão internacional, que envolve política ou honestidade.

Os valores éticos e morais são a base de uma nação bem constituída e com boas perspectivas de progresso. O assunto parece ser simples, mas não é, e sua origem é filosófica e seu entendimento requer muita leitura e reflexão. Tomo a liberdade de dizer que esses valores são os alicerces de uma sociedade organizada, baseado nos meus estudos e nas minhas experiências de vida.

Com base no que defendo para um Brasil melhor, gostaria de trazer um trecho do texto de André Coelho (http://aquitemfilosofiasim.blogspot.com.br/2007/11/filosofia-moral-tica-e-moral.html):
“A moral é uma teoria da convivência justa com os outros. Não tem a ver com o que quero para mim, e sim com o respeito que devo aos outros. Não tem a ver com os meus fins, e sim com os limites que todos temos que respeitar, quaisquer que sejam os fins que estejamos perseguindo. A moral responde à seguinte questão: Quais são as condições de uma convivência pacífica, respeitosa e solidária com os demais seres humanos? Ou, o que é o mesmo: Uma vez que todos somos livres e iguais e todos temos direito a perseguir nossos fins éticos, mas sem prejudicar-nos ou causarmos danos uns aos outros, quais são os atos que devo obrigatoriamente praticar e que devo obrigatoriamente evitar? Quais são os deveres dos homens uns em relação aos outros, quaisquer que sejam seus projetos éticos? Nesse caso, o homem de negócios pode querer riquezas, mas não pode consegui-las à custa de apropriação indevida dos bens dos outros. O filantropo pode querer fazer o bem a outrem, mas não pode fazê-lo à custa de eliminar a liberdade do outro de escolher o que é melhor para si. O artista pode querer dedicar-se somente à beleza, mas não pode simplesmente não contribuir para o sustento da prole que tenha ajudado a gerar. O sacerdote pode querer dedicar-se a Deus, mas não pode fazê-lo de forma tal a desprezar ou perseguir os homens que partilham de outras crenças ou que não aderem a crença alguma. Isso é assim porque há, ao lado dos fins éticos, que variam de pessoa para pessoa, deveres morais, que se impõem a todos indistintamente.”

Uma nação onde governantes negam princípios morais, justificando com ideologias falidas e superficiais, com falácias e, até, com mentiras, segue para a involução da sua sociedade. Seja politica, econômica, e, entre outros retrocessos, em relação aos seus bons valores.

O Brasil desde que, recentemente, combateu com mais afinco a corrupção, passou a ter uma oportunidade histórica de retomar, acima de tudo, o respeito do seu povo. Esse povo que é predominantemente de pessoas de baixa ou baixíssima renda e, da mesma forma, quanto à educação. É um povo sofrido, pois aqueles que estão em melhores condições e pagam seus tributos, não os vêm aplicados como esperam, onde é necessário para mudar a situação de um país:  investimentos em educação, saúde, segurança e infraestrutura.

Como ilustração, vemos países que levaram vinte anos ou mais investindo maciçamente em educação para ver o início de uma guinada positiva em suas situações de estagnação e/ou pobreza. Desde criança, estou com mais de cinquenta anos, ouço falar na necessidade e na intenção dos governantes investirem em educação, mas ainda não tive a oportunidade de ver isso feito como deveria, de forma efetiva e contínua.

Bem, voltando à oportunidade que se vislumbra de moralizar o país, acabar com a impunidade,  mostrando exemplos de conduta, e reduzir a corrupção, que está em nível assustador, torcemos para que nos julgamentos dos acusados por crimes relacionados à corrupção haja punição de fato e exemplar.

Um país que tem um PIB entre os dez maiores do Planeta, não pode ter uma situação tão precária para a sua sociedade. Isso evidenciado por uma Renda Per Capita tão baixa e por um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tão ruim.

O país está estagnado e seus índices de qualidade de vida piorando. Já pensaram em quanto a corrupção, que restringe os investimentos e aumenta a concentração de renda em pequenos grupos da sociedade, contribui para isso? 

Como o Brasil estaria neste momento se nos últimos vinte anos os valores desviados pela corrupção tivessem sido aplicados em educação, saúde, segurança e infraestrutura?

É triste pensar nisso......

Embora já se tenham alguns punidos pela operação Lava-Jato, espero que esse processo continue e que os principais responsáveis por desvios de recursos, de forma ilegal ou imoral, do destino que poderia levar o nosso BRASIL ao crescimento sócio-econômico, sejam devidamente punidos.


Um povo deve poder expressar a sua insatisfação com o que está acontecendo de ruim e que ele deseja um país mais justo e melhor. Espero que o BRASIL não perca essa OPORTUNIDADE HISTÓRICA.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Cidadania e seu reconhecimento


Hoje, pela manhã, pesquisando no “google” organogramas, a fim de verificar, para comparar, o posicionamento e a subordinação da nossa Agência Brasileira de Informação (ABIN) e da “Central Intelligence Agency” (CIA), deparei-me com os organogramas dos governos dos Estados Unidos da América (EUA): do Governo Federal, dos Estados e dos Municípios. Encontrei algo muito interessante, algo óbvio, mas que sempre fora omitido dos nossos organogramas (brasileiros) e nos leva a pensar em como nossa condição de cidadãos e de eleitores não é muito bem definida em nosso país, em relação ao equilíbrio entre direitos e deveres.
No organograma do Governo Federal americano, acima do Poder Executivo, encabeçado pelo Presidente do país, está a Constituição; e nos organogramas dos Estados e Municípios, acima dos Governadores e Prefeitos, encontra-se o povo seja com a denominação de cidadãos ou de eleitores, variando de Estado para Estado e de Município para Município. Impressionante como um país que procura, apesar de suas falhas, a democracia - de fato, coloca os verdadeiros beneficiários dos governos na sua devida posição! Bem, isso é uma questão interessante para se refletir. Somos cidadãos, eleitores e pagadores de impostos e taxas. Será que somos devidamente respeitados por essas condições?
O intuito não é polemizar e sim citar um ponto de reflexão para que se pense em como valorizar as condições de cidadão, eleitor e pagador de tributos de um país. O Brasil está crescendo e almeja posições de destaque nos cenários internacionais, sejam políticos, econômicos, sociais, ambientalistas ou quaisquer outros que se apresentem. Mas todos sabem que o povo é a base de um país, bem como as pessoas são a base para o aprimoramento de qualquer empresa ou órgão. Se não há respeito e valorização das pessoas, não há destaque para nenhuma instituição.
É importante sempre se tomar decisões e atitudes com bastante consciência e se se sentir sem apoio para isso, não se deve ter qualquer pudor em procurar quem possa ajudar ou orientar. Em primeiro lugar, o voto que damos para alguém é uma decisão e atitude que pode se refletir na vida de muita gente, por isso deve ser um ato consciente e de muita responsabilidade. Em segundo lugar, o tipo de cidadão que escolhemos ser é muito importante para o bom andamento dos serviços que demanda mos e reflete o exemplo que somos para todos que estão em nossa volta. Como exemplo, cita-se jogar lixo na rua, sonegar impostos, burlar leis e normas, entre outros que refletem falta de comprometimento com a melhoria da vida comum, do bem comum; enfim, com a melhoria da sociedade como um todo.
Como ponto final, digo que para ser respeitado é necessário, acima de tudo, respeitar. Uma sociedade só evolui com o crescimento dos seus partícipes. Embora eu não seja antropólogo e tenha feito poucos estudos nesse tema, penso que deveria haver algo semelhante a uma simbiose entre uma sociedade e seus membros e diria que o ideal é uma sinergia entre os seus elementos. A “união faz a força” e, com consciência e responsabilidade, as pessoas podem ocupar em qualquer nível de governo ou organização a posição que merecem nos seus organogramas.