Hoje,
pela manhã, pesquisando no “google” organogramas, a fim de verificar, para
comparar, o posicionamento e a subordinação da nossa Agência Brasileira de
Informação (ABIN) e da “Central Intelligence Agency” (CIA), deparei-me com os
organogramas dos governos dos Estados Unidos da América (EUA): do Governo
Federal, dos Estados e dos Municípios. Encontrei algo muito interessante, algo
óbvio, mas que sempre fora omitido dos nossos organogramas (brasileiros) e nos
leva a pensar em como nossa condição de cidadãos e de eleitores não é muito bem
definida em nosso país, em relação ao equilíbrio entre direitos e deveres.
No
organograma do Governo Federal americano, acima do Poder Executivo, encabeçado
pelo Presidente do país, está a Constituição; e nos organogramas dos Estados e
Municípios, acima dos Governadores e Prefeitos, encontra-se o povo seja com a
denominação de cidadãos ou de eleitores, variando de Estado para Estado e de
Município para Município. Impressionante como um país que procura, apesar de
suas falhas, a democracia - de fato, coloca os verdadeiros beneficiários dos
governos na sua devida posição! Bem, isso é uma questão interessante para se
refletir. Somos cidadãos, eleitores e pagadores de impostos e taxas. Será que
somos devidamente respeitados por essas condições?
O
intuito não é polemizar e sim citar um ponto de reflexão para que se pense em
como valorizar as condições de cidadão, eleitor e pagador de tributos de um
país. O Brasil está crescendo e almeja posições de destaque nos cenários
internacionais, sejam políticos, econômicos, sociais, ambientalistas ou
quaisquer outros que se apresentem. Mas todos sabem que o povo é a base de um
país, bem como as pessoas são a base para o aprimoramento de qualquer empresa
ou órgão. Se não há respeito e valorização das pessoas, não há destaque para
nenhuma instituição.
É
importante sempre se tomar decisões e atitudes com bastante consciência e se se
sentir sem apoio para isso, não se deve ter qualquer pudor em procurar quem
possa ajudar ou orientar. Em primeiro lugar, o voto que damos para alguém é uma
decisão e atitude que pode se refletir na vida de muita gente, por isso deve
ser um ato consciente e de muita responsabilidade. Em segundo lugar, o tipo de
cidadão que escolhemos ser é muito importante para o bom andamento dos serviços
que demanda mos e reflete o exemplo que somos para todos que estão em nossa volta.
Como exemplo, cita-se jogar lixo na rua, sonegar impostos, burlar leis e
normas, entre outros que refletem falta de comprometimento com a melhoria da vida
comum, do bem comum; enfim, com a melhoria da sociedade como um todo.
Como
ponto final, digo que para ser respeitado é necessário, acima de tudo,
respeitar. Uma sociedade só evolui com o crescimento dos seus partícipes.
Embora eu não seja antropólogo e tenha feito poucos estudos nesse tema, penso
que deveria haver algo semelhante a uma simbiose entre uma sociedade e seus
membros e diria que o ideal é uma sinergia entre os seus elementos. A “união
faz a força” e, com consciência e responsabilidade, as pessoas podem ocupar em
qualquer nível de governo ou organização a posição que merecem nos seus
organogramas.