terça-feira, 29 de maio de 2012

Cidadania e seu reconhecimento


Hoje, pela manhã, pesquisando no “google” organogramas, a fim de verificar, para comparar, o posicionamento e a subordinação da nossa Agência Brasileira de Informação (ABIN) e da “Central Intelligence Agency” (CIA), deparei-me com os organogramas dos governos dos Estados Unidos da América (EUA): do Governo Federal, dos Estados e dos Municípios. Encontrei algo muito interessante, algo óbvio, mas que sempre fora omitido dos nossos organogramas (brasileiros) e nos leva a pensar em como nossa condição de cidadãos e de eleitores não é muito bem definida em nosso país, em relação ao equilíbrio entre direitos e deveres.
No organograma do Governo Federal americano, acima do Poder Executivo, encabeçado pelo Presidente do país, está a Constituição; e nos organogramas dos Estados e Municípios, acima dos Governadores e Prefeitos, encontra-se o povo seja com a denominação de cidadãos ou de eleitores, variando de Estado para Estado e de Município para Município. Impressionante como um país que procura, apesar de suas falhas, a democracia - de fato, coloca os verdadeiros beneficiários dos governos na sua devida posição! Bem, isso é uma questão interessante para se refletir. Somos cidadãos, eleitores e pagadores de impostos e taxas. Será que somos devidamente respeitados por essas condições?
O intuito não é polemizar e sim citar um ponto de reflexão para que se pense em como valorizar as condições de cidadão, eleitor e pagador de tributos de um país. O Brasil está crescendo e almeja posições de destaque nos cenários internacionais, sejam políticos, econômicos, sociais, ambientalistas ou quaisquer outros que se apresentem. Mas todos sabem que o povo é a base de um país, bem como as pessoas são a base para o aprimoramento de qualquer empresa ou órgão. Se não há respeito e valorização das pessoas, não há destaque para nenhuma instituição.
É importante sempre se tomar decisões e atitudes com bastante consciência e se se sentir sem apoio para isso, não se deve ter qualquer pudor em procurar quem possa ajudar ou orientar. Em primeiro lugar, o voto que damos para alguém é uma decisão e atitude que pode se refletir na vida de muita gente, por isso deve ser um ato consciente e de muita responsabilidade. Em segundo lugar, o tipo de cidadão que escolhemos ser é muito importante para o bom andamento dos serviços que demanda mos e reflete o exemplo que somos para todos que estão em nossa volta. Como exemplo, cita-se jogar lixo na rua, sonegar impostos, burlar leis e normas, entre outros que refletem falta de comprometimento com a melhoria da vida comum, do bem comum; enfim, com a melhoria da sociedade como um todo.
Como ponto final, digo que para ser respeitado é necessário, acima de tudo, respeitar. Uma sociedade só evolui com o crescimento dos seus partícipes. Embora eu não seja antropólogo e tenha feito poucos estudos nesse tema, penso que deveria haver algo semelhante a uma simbiose entre uma sociedade e seus membros e diria que o ideal é uma sinergia entre os seus elementos. A “união faz a força” e, com consciência e responsabilidade, as pessoas podem ocupar em qualquer nível de governo ou organização a posição que merecem nos seus organogramas.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Trabalhando para pagar impostos


        Transcrevo abaixo um artigo publicado no “portal terra” sobre o tempo que se tem que trabalhar para arcar (pagar) com a carga tributária que nos é imposta. É importante ressaltar o que é dito no quarto parágrafo, o que implica dispendermos mais recursos para dispor de serviços que não apresentam uma qualidade satisfatória, embora sejam previstos na Lei Magna (Constituição); tais como saúde, educação, segurança, entre outros.



Pesquisa: brasileiros trabalham 5 meses só para pagar impostos
                     http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201205221316_TRR_81230906



O brasileiro terá que trabalhar em média até o dia 29 de maio, ou cerca de 4 meses e 29 dias (150 dias), apenas para pagar os impostos federais, estaduais e municipais, de acordo com pesquisa elaborada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
 
            Conforme o presidente executivo do Instituto, João Eloi Olenike, em 2011, o brasileiro trabalhou 149 dias, um dia a mais que em 2010 (148 dias) e dois dias a mais que em 2009 (147 dias). Em relação à década de 1970, quando eram necessários 76 dias de trabalho, o número praticamente dobrou, diz o presidente.

         Segundo o levantamento, dependendo da faixa de renda, o contribuinte terá de trabalhar mais dias para pagar os impostos. Os que têm rendimento mensal de até R$ 3 mil trabalharão 143 dias, os que possuem rendimento de R$ 3 mil a R$ 10 mil vão trabalhar 159 dias, e aqueles que ganham acima de R$ 10 mil trabalharão 152 dias.

          Para Olenike, apesar de trabalhar um dia a mais para pagar tributos em 2012, o brasileiro continua não vendo o retorno dos valores em serviços públicos como segurança, transporte, educação, saneamento básico, saúde e iluminação e outros.

           A pesquisa faz ainda uma comparação com outros países e comprova que o Brasil fica atrás apenas da Suécia, onde o contribuinte gasta 185 dias de trabalho com tributos. Na França são necessários 149 dias, nos EUA, 102 dias, e no México, 95 dias.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

REFLEXÃO SOBRE A VIDA PÓS-MODERNA

       Uma amiga, Carmen Marina, que possui um blog muito interessante, http://carmenmarinasande.blogspot.com, enviou-me um texto excelente, atribuído ao Frei Beto, o qual posto abaixo, e que serve para uma reflexão em torno dos valores que estamos vivendo hoje em dia. Se entendermos e conseguirmos nos livrar de alguns paradigmas (modelos), supérfluos, que a vida moderna tenta nos impor, conseguiremos melhorar nossa administração pessoal, tanto espiritual quanto materialmente e, assim, aprimorar nossa qualidade de vida.


Apenas Observando
Frei Beto

 
Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão. 

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: "Qual dos dois modelos produz felicidade?”. 

Estamos construindo super-homens e super mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: "Como estava o defunto?".
           - "Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!"


A publicidade não consegue vender felicidade, então passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: "Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!" O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo o condicionamento. 

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, constrói-se um Shopping Center. É curioso: a maioria dos Shoppings-Centers têm linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas... 

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. 

Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Quem deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... 

Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: "Estou apenas fazendo um passeio socrático". Diante de seus olhares espantados, explico: "Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: “Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!”

segunda-feira, 19 de março de 2012

Educação Financeira

CONTROLANDO SEU ORÇAMENTO – EDUCAÇÃO FINANCEIRA (3)

            Muitas pessoas já ouviram falar de algumas máximas. Cito, inicialmente, a de que “as pessoas passaram a valer pelo que têm e não pelo que são”. Tenho ouvido falar na sua derivação que é: “antes as pessoas valiam pelo que eram, depois passaram a valer pelo têm e agora valem pelo o que aparentam ter”. Bem, se isso é uma verdade, depende da experiência de vida e avaliação de cada um. O que quer dizer que em alguns contextos isso é visto como um fato.
            Uma pergunta. Quem não conhece alguém que já gastou o dinheiro que não tinha para comprar o que não precisava?  Já ouvi, inclusive, a seguinte máxima: “fulano gastou o dinheiro que não tinha para comprar algo que não precisava para impressionar quem ele não gostava”. É triste, mas muito de nós conhecemos alguém que já praticou algo semelhante.
            O fato é que práticas em torno desses comportamentos, que dizem respeito aos hábitos de consumo e gastos de dinheiro para atender, normalmente, necessidades superficiais, para não dizer fúteis, levam a se fazer dívidas e conduzem as pessoas ao endividamento. O endividamento é decorrente de atitudes inadequadas com os limitados recursos financeiros e da falta de um planejamento e de uma organização do orçamento pessoal / familiar.
            Inicialmente, no texto (2), eu apresentei algumas formas de se organizar a vida financeira por meio de um planejamento orçamentário, utilizando-se planilhas. Agora, mencionarei algumas dicas para se evitar e resgatar dívidas, a fim de se permitir começar uma vida financeira com perspectivas de futuro e atingir metas que contribuam para a melhoria da qualidade de vida.
Ø      RELACIONE TODAS AS SUAS DÍVIDAS – Procure delinear suas dívidas, de preferência, montando uma tabela contendo a origem (credor e objeto), data de início, data prevista de término, valor da taxa de juros, parcela mensal e valor total. A partir daí, tendo uma dimensão do total da dívida você terá condições de definir suas prioridades para saldá-las.

Ø      NÃO ESCONDA A SUA DÍVIDA – A sua dívida também diz respeito à sua família e às pessoas que te querem bem. Portanto, assuma-a perante seus entes queridos, eles devem participar da sua missão de se livrar dela, dando apoio emocional e sendo cúmplice, quando necessário, nas atitudes econômicas a serem adotadas.

Ø      ENCONTRE AS ATITUDES ECONÔMICAS A SEREM ADOTADAS – Todas as despesas que não são essenciais para a manutenção pessoal / familiar devem ser consideradas como suprimíveis, considerando-se todo o esforço, necessário, empreendido para a eliminação das dívidas. Dívidas são negativas e dilapidam o orçamento familiar, impedindo a melhoria da qualidade de vida das famílias. Pode-se obter economia com pequenas atitudes. Pense: “A luz que você apaga, você não paga”. Isso não quer dizer para vive no escuro dentro de casa, quer dizer: “não deixe cômodos vazios com a luz acessa”. Evite desperdiçar água, luz e procure sempre os pacotes mais econômicos das operadoras telefônicas. Há diversos excessos que podem ser cortados em prol de se reduzir e eliminar dívidas. Pode-se sugerir para de fumar - para aqueles que fumam -, cortar choppinhos, refeições fora de casa, entre outras atitudes, mas cabe a cada um relacionar as suas despesas, como abordado no texto (2) e verificar os possíveis cortes e reduções – “cada um sabe onde o seu calo aperta”. Como diz o economista e planejador financeiro Marcos Silvestre*, “É melhor fazer um rebaixamento intenso da qualidade de vida de forma planejada a fazê-lo de maneira forçada mais à frente”.

Ø      AVALIE SUAS CONDIÇÕES PARA PAGAR AS DÍVIDAS – Feito o levantamento de atitudes econômicas possíveis de serem adotadas e delineadas as despesas que podem ser suprimidas ou reduzidas, restará verificar o quanto do orçamento pessoal/familiar poderá ser destinado ao pagamento das dívidas. Muitas empresas e órgãos públicos utilizam o conceito de margem consignável. Essa margem é o que eles entendem que poderia ser comprometido com despesas não imprescindíveis, como descontos em folha para pagamento de empréstimos com instituições financeiras. Dessa forma, fica a sugestão de não se comprometer com mais de 30% dos rendimentos mensais para pagamento de dívidas, apesar da ansiedade em acabar com elas. A não ser, é claro, que haja disponibilidade no orçamento, como veremos nas dicas do próximo texto.

* economize.blog.br/tag/marcos-silvestre/

sexta-feira, 9 de março de 2012

CONTROLANDO SEU ORÇAMENTO – EDUCAÇÃO FINANCEIRA (2)


            Quantas vezes já se foi ao mercado ou supermercado para uma pequena compra, itens baratos que não passam de R$ 5,00, e se imaginava que ficaria em torno de R$ 50,00 e quando passa pela caixa resulta uma conta maior que R$ 100,00?  Isso é comum, pois se cria expectativa e, se não se soma (entenda-se controlar) item a item, se prende ao que se pensava que seria o total, mas a realidade acaba sendo diferente.
            No campo financeiro, deve-se ter referências claras para não se perder. O nosso orçamento, normalmente, não acompanha as nossas vontades, as quais nem sempre estão em harmonia com a realidade financeira.
            O que seria uma referência para não se perder em relação à realidade financeira? Uma sugestão, que é a melhor forma de se buscar o equilíbrio da vida financeira, é elaboração de um orçamento pessoal/doméstico ou de um fluxo de caixa, seja por meio de um caderno, folha ou por meio de uma planilha eletrônica (para quem tem disponibilidade). O resultado é a montagem de uma planilha orçamentária ou de fluxo de caixa. Independente da forma como será realizado, o importante, na planilha, é a separação das receitas e das despesas previstas. E, para se perceber melhor a situação da realidade financeira, se recomenda discriminar todas as possíveis receitas, tais como: salários, aluguéis recebidos, dividendos de poupanças, prêmios em dinheiro etc; e se relacionar todas as despesas, sejam elas fixas ou variáveis, por grupos ou categorias conforme modelo que se segue ao texto.
            Uma planilha seja eletrônica ou não, com a categorização das despesas, certamente auxiliará o planejamento pessoal e familiar. Desta forma será possível visualizar de forma organizada as necessidades pessoais e do lar e perceber possibilidades de redução de gastos, priorizando-se, sempre, as despesas mais importantes.
            Além da planilha a seguir, sugere-se, também, consulta à planilha proposta pelo sítio da Bolsa de Valores de São Paulo: www.bmfbovespa.com.br/planilhapessoal.
           
                           Definição de Necessidades: Fluxo de Caixa
Nome:



Projeção de Resultados Pessoais atuais e para os próximos 12 meses
Renda
Mensal R$
Eventual R$
Anual R$
Salário líquido



Férias



13o. Salário



Prêmio



Pensão



Renda de aluguel



Outras



Total de Renda
0,00
0,00
0,00
Item
Despesa
Despesa
Despesa

Mensal R$
Esporádica R$
Anual R$
Despesas



1. Moradia



Aluguel ou prestação



Obra/manutenção



Condomínio



IPTU



Luz



Gás



Água



Telefones fixo



Telefones celular



Total Despesas Moradia
0,00
0,00
0,00
2. Alimentação e limpeza



Supermercado



Feira



Padaria



Lanches/Restaurantes



Total Alimentação
0,00
0,00
0,00
3. Transporte/locomoção



Ônibus e metrô (extra c/ch)



Combustível



Mecânica / consertos



Seguro carro/ IPVA



Estacionamento/ Pedágios



Total Transporte
0,00
0,00
0,00
4. Educação e Capacitação



Mensalidade Escolar



Cursos (inglês, computador)



Livros e material escolar



Uniformes



Total Educação
0,00
0,00
0,00
5. Despesas Pessoais



Roupas/calçados/acessórios



Cabeleireiro



Jornal/revista/livros



Total Despesas Pessoais
0,00
0,00
0,00
6. Saúde



Plano de Saúde



Médicos sem reembolso



Dentista



Medicamentos



Academia/Esporte



Total Saúde
0,00
0,00
0,00
7. Lazer



Passeios



Cinema/teatro/aluguel filmes



Internet / TV a cabo



Total Lazer
0,00
0,00
0,00
8. Presentes e Mesadas



Mesada dos filhos



Presentes - família e amigos



Total Presentes
0,00
0,00
0,00
9. Dívidas/prestações/IR



Prestação da financeira



Prest. Empréstimo bancário



Multas/juros atraso contas



Prestação carro



Juros do cartão de crédito



Anuidade do Cartão de crédito



Prestação em lojas



Tarifas bancárias



Total Dívidas/prestações/IR
0,00
0,00
0,00
10. Doações



Dízimos, caridade, outros



Total Doações
0,00
0,00
0,00
11. Poupança (sonhos)



Poupança



Fundos de Previdência



Outros



Total Poupança
0,00
0,00
0,00
Total das Despesas
0,00
0,00
0,00




Fluxo de Caixa



Renda - Despesa
                  -  
                   -  
                      -